Sou natural de Pirajuí, interior de São Paulo, mas foi em Bauru que passei minha infância e iniciei os estudos de flauta doce.
Tenho e tive grande, contínuo e inigualável suporte dos meus pais Leila e Shingiro desde criança para estudar música e depois para seguir profissionalmente para a Música. Eles nos incentivaram amorosamente, eu e meus irmãos, Márcio e Fernando, a vivenciarmos também artesanato, desenho, jogral, enfim, sermos arteiros. Participaram conosco de dezenas de recitais de escolas de música, de apresentações em diferentes cidades do interior, nos levando a eventos e cursos até a escolha da universidade. Minha primeira professora de música e também parte dessa história em família é a minha tia Rosely Okabe, uma das responsáveis por eu aprender de forma lúdica. Por causa dela, sempre gostei de teoria musical e achava o máximo compreender tudo da partitura. Também com ela aprendi a ser monitora de flauta, quando ainda na pré-adolescência, eu acompanhava seus alunos e alunas a estudar. Meu tio Mário ornamentava as minhas tarefas com origami e isso foi ampliando o meu olhar; um bom tempo depois veio meu primo Francisco que se somou ao time da música e se tornou um dos meus grandes parceiros em composições. A arte é muito o nosso cotidiano há muitos anos, com meus familiares, pais, irmãos, primos e tios, desde a geração dos meus avós. Hoje compreendo que toda essa presença me deu o amor pelo estudo e pelo palco como uma expressão maior de dedicação e carinho.
Fui para a flauta transversal e estudei chorinho com os grandes professores George Vidal e Paulo Villaça, em Bauru. Depois, em Piracicaba, fui aluna de flauta (erudita) do professor Rafael Gohbe; e no Conservatório de Tatuí, tive aulas com os professores Edson Beltrami e Otavio Bloes. Na Unicamp fui aluna do professor Sávio Araújo e Celso Veagnoli. Sempre, desde o meu início em família, tive grandes professores!
Na pesquisa preciso citar meu orientador de tanto tempo: prof. Dr. Ricardo Goldemberg (Unicamp). Ele me recebeu na graduação (era coordenador), depois me orientou no mestrado e doutorado. Venci um a um dos desafios que apareceram sob a ótica apurada dele - que depois se tornou um olhar de conselho. Professora Maria Lúcia Pascoal foi outra grande voz nas minhas pesquisas e conquistas nessas fases. E a que me impulsionou foi a professora Aci Meyer (na graduação).
Meus caminhos com a música se fortaleceram com minha família e com os amigos. E especialmente ao aprender também com meu esposo Fabio Scarduelli. Por acompanhar uma trajetória de união entre teoria e prática musical (com uma disciplina incomum ao violão) é fácil dizer que tenho muitos ícones por perto.
É por essas histórias que considero: o que essa arte musical tem de melhor é a oportunidade de compartilhar boas energias e de aprender juntos!
Como docente e pesquisadora, me dedico ao estudo da teoria e percepção, leitura e escrita musical com um cuidado atento ao ser humano. E é com esse princípio que desenvolvo minhas aulas na Universidade Estadual do Paraná, Campus Curitiba I/EMBAP, em Curitiba, onde trabalho desde 2012.
Por esse site você vai ver que sou autora de livros didáticos para o ensino fundamental e outros níveis de estudo. Ouvirá também minhas composições e o quanto apoio iniciativas lúdicas, com mix teórico e metodológico para difundir Música.
Aqui está um pouquinho da minha história. {De imensa gratidão}. Espero que goste dos materiais e se divirta!
Um grande abraço daqui, Cristiane Otutumi